quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Demissão em bloco

A equipa que durante os últimos 3 meses produziu o Mistida tomou a decisão de se demitir em bloco, por uma questão de hombridade. Agradecemos a todos e a todas aqueles e aquelas que nos acompanharam durante esta fugaz existência. 

Viva a Guiné-Bissau!

A (im)parcialidade da célula de monitorização


Quanto à constatação "acaba por ser o primeiro que tenta a reeleição sem sucesso", dá para perceber como o Migu Burro de DSP construiu a sua carreira "científica": Jomav é simplesmente o primeiro a tentar a reeleição (a segunda parte da asserção não desambigua e era dispensável; ou seja, se foi o primeiro a tentar, ainda não há mais estatísticas daqueles que tiveram ou não sucesso). Jomav não é o primeiro a falhar porque ainda não houve mais... foi simplesmente o único a tentar, até agora (porque foi o único a acabar o mandato). A (in)competência manipulatória dos lacaios do PAIGC parece não ter limites.

PS Está a circular via redes sociais uma mensagem, criticando a ideia aqui desenvolvida, invocando Serifo Nhamadjo. É verdade que Serifo concorreu a umas presidenciais; mas não foi para reeleição; foi em 2012, na primeira volta; só seria presidente depois, ou seja, foi ao contrário e de forma alguma invalida o que aqui se escreveu.

Cinicaria na ordem do dia

O blog oficial do PAIGC apressa-se a avançar com o desmentido, para lavar a cara às suas fileiras. Quem deitou os foguetes, fez a festa, e apanhou as canas? Quem forjou a montagem grosseira e a vergonhosa fake news? (transcrevendo literalmente as palavras da Embaixada): o PAIGC e os seus cães raivosos de serviço, nomeadamente DSP, às ordens de DSP. 

Toda a gente sabe que foi Sissoko quem salvou Macky das masmorras de Wade, entregando-o à protecção de Kadafi, sendo portanto natural que este lhe esteja eternamente agradecido. Com todos os eventuais defeitos que se possam apontar ao candidato do MADEM, a cobrança desse género de favores não entra nessa conta. Aparentemente, nem precisa desse apoio.

Tudo isto roda apenas em torno da diabolização dos muçulmanos, que Domingos Simões Pereira, à falta de melhor, está a usar como a sua "melhor" arma, para assustar aqueles a quem já vendeu o país (incluindo Paris). Basta ler com atenção o ataque de há seis meses atrás, no mesmo blog, para perceber a engrenagem. Está dado o mote (único) para a segunda volta: vender fantasmas.

Limpeza de ficheiro

Pedro Pires tenta limpar o cadastro? Notabanca publica vídeo antigo, no qual antigo general são tomense, combatente nas fileiras do MPLA, acusa Nino Vieira do assassinato de Cabral. Não foi apenas Nino Vieira... foi toda a cúpula, que insidiosamente instrumentalizou a oportunidade que o General Spínola lhe ofereceu, com a libertação de Rafael Barbosa e aqueles que viriam a ser os executantes (executores) materiais, designando-os como bodes expiatórios perfeitos. É fácil empurrar as culpas todas para cima de Nino, que já pagou a factura (bem tardiamente, mas enfim...) Quase todo o PAIGC em Conacri, no dia 22 de Janeiro, já sabia o que se preparava... Mas, em termos de autoria moral, não há dúvidas de que Pires partilha com Nino a responsabilidade histórica. O par sabia muito bem que com Cabral vivo, nunca presidiriam aos destinos dos respectivos países.

Por falar em Gâmbia...

O distrito Banjul, do sector Gâmbia, do círculo África, registou 15 inscritos, dos quais 11 através de bilhete de identidade (73,3%). O distrito Serekunda registou 1136 inscritos, dos quais 719 através de testemunhas (63,3%). Note-se que, para além do BI, há muitos passaportes, cédulas e outros documentos, dos quais se recolheu o número. A inscrição através de testemunha não obrigava a qualquer registo da(s) testemunha(s). Se a diáspora pouco conta para as eleições legislativas, uma vez que elege apenas um deputado por África e outro pela Europa, em relação às presidenciais o caso muda de figura, pois os votos nesse caso são todos iguais. Lembre-se que o assassino Pedro Pires se tornou presidente de Cabo Verde em 2001 por uma diferença de apenas 17 votos...

Descontinuidade do caderno

Até pode haver uma cidade chamada Bissau na Índia, mas não há riscos de ambiguidade, pois trata-se de outro continente. No círculo 1, sector de Catió. distrito de Camuio, há uma localidade chamada Gâmbia, mas ninguém se arrisca a confundir com o país Gâmbia (sector 92 do círculo 22 diáspora - África), porque está numa "ramificação" diferente. Contudo, neste mesmo sector de Catió há dois distritos com o mesmo nome. Não sendo caso único, inclusive no mesmo sector, curioso é que nem sequer haja contiguidade numérica (distrito 1 e 13). É que isto da toponímia, assim como a atribuição de códigos numéricos, tem regras de desambiguação que não o toleram. O tal Colbert tinha dois ilhéus? Então por que razão não os diferenciaram com I e II como em Como (ilha no mesmo círculo) com Cajar? É que, sendo a mesma localidade, essa apresenta contiguidade numérica, correspondendo a dois distritos sequenciais.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Jardim Teresa Badinca (Tchada)

Há mesas para todos os gostos. Desde mais de mil mesas sem nenhum inscrito, até àquelas que foram abertas apenas para uma inscrição "personalizada" (o caso apresentado, em Bissau, está longe de ser caso único). Mas não se trata só de mesas, também há muitos distritos inteiros sem inscritos: só no círculo 22, sector 94, onde há cinco distritos, o segundo e o quinto têm um inscrito, o terceiro e o quarto, absolutamente nenhum.

Moita carrasco

Pintor da construção civil do Seixal, nascido no primeiro dia do ano, mas sem nome do pai nem da mãe no BI (com um número de quatro dígitos): se também está atacado por Alzheimmer e não se lembra do nome dos progenitores, será que se lembrou de votar no PAIGC?

CNECViola Lei

CNE(DSP)CV, às ordens do chefe (convenientemente, escolheram o melhor resultado disponível), viola Lei, segundo e-global(DSP).

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Fazem bicos na sede do PAIGC

In programa diário de animação cultural, a convocação do PAIGCancro

Play Beak

k/ Nelson Boma & Enaida marta

Ver cartaz

Para aqueles que não têm o dicionário de inglês à mão, também não tem grande dificuldade, é só ler devidamente com a sonoridade inglesa: beak = bico. 

PS Não confundir com o famoso Barão von Bic, inventor e vulgarizadoda célebre esferográfica.

Prisão iminente de sua eminência o Presidente da CNE

As tentativas mal enjorcadas para varrer para debaixo do tapete a porcaria que fizeram são notórias.

Enquanto ontem, apanhados com a boca na botija num dos múltiplos expedientes de fraude e sob a pressão dos acontecimentos, rapidamente recuaram (nem podia ser de outra maneira) se bem que minimizando o caso, hoje vêm dar o dito por não dito e tentam justificar o injustificável. Mas enfiam os pés pelas mãos, na tentativa de tapar o sol com a peneira e de confundir os eleitores. Como sempre, é pior a emenda que o soneto.

Se não, vejamos:

Reza o lacaio José Pedro Sambú o ponto 3 do artigo 52º da Lei feita por medida após o golpe de 2012: «Só são considerados os votos recebidos na sede da CNE, correspondentes à assembleia de voto em que o eleitor deveria votar até ao dia da realização da eleição.» acrescentando, da sua lavra (e deveria aprender a fechar as aspas que abre) que "os votos devem ser contabilizados na mesa de assembleia de voto onde consta o nome no caderno eleitoral." Sim, o senhor juiz conselheiro bandido diz bem. CONTABILIZADOS. Não é reintroduzidos. Como a própria porta-voz confessou, verificou-se que "já tinham sido descarregados".

A PGR prepara-se para forçar a porta da sede da CNE.

A Palestina da África ocidental


A Berta fecha a porta

A infeliz porta-voz Vaz desmentiu ontem a existência de eleições em curso na Guiné-Bissau, confirmando aquilo que já se suspeitava (ou seja, que o PAIGC tinha urnas já cheias e preparadas para a ocasião). 

Citamos textualmente: “é extremamente falso o que estão a dizer que há introdução de votos nas urnas

Afirma portanto peremptoriamente que não houve introdução de votos nas urnas? Então o que foi que os guineenses passaram ontem o dia a fazer? A colaborar na farsa do PAIGC? 

A candidatura do MADEM já emitiu comunicado, dizendo aguardar com tranquilidade as falsificações que estão a cozinhar na CNE à porta fechada.

Use mas não abuse.

Extremamente in(feliz) Berta

«"Quanto à introdução dos votos nas urnas isso é extremamente falso. Não aconteceu. Em todo o território nacional, na Guiné, assim como na diáspora, não aconteceu situação de introdução de voto”, explicou Felisberta Vaz, reiterando que “é extremamente falso o que estão a dizer que há introdução de votos nas urnas”.»

Realmente, a infeliz Berta deixou a porta aBerta para todo o género de especulações... Qual a razão da fúria do desmentido (que não o é, pois reconheceu o facto)? Por ser a ponta do iceberg? Por que razão foram a correr pressionar a RFI para apagar?


Neste momento, as Comissões Regionais acabam de cozinhar o resto da fraude... Contudo, o amadorismo é tanto, que mal aguentamos para enumerar o macaréu de irregularidades e constatar as inúmeras pontas soltas que vão inevitavelmente deixar à tona. 

CNE, firkidja di PAIGC, bu cocó tá bóia.

Censura na RFI

A RFI (a pedido do interessado?) apagou dois artigos que poderiam levantar a ponta do véu sobre a realidade das eleições guineenses. Felizmente, AEIOU conservou memória e pode lê-los... o que encontra se seguir os respectivos links?

UA confunde eleições guineenses com desfile de lingerie

Entre uma série de oportunistas voyeurs, que invariavelmente acorrem a Bissau nestas ocasiões, aparece um branco da UA falando em festa da transparência, ofendendo os eleitores guineenses, vítimas da fraude e opacidade montadas pelo PAIGC com a pornográfica conivência dessa obsoleta organização angolana. 

Condagens ou sontagens...

O "jornalista" JA começa por confundir, logo no título, "contagens" com "sondagens". À frente das sondagens? Isso era anteontem! Agora é questão de contagens, senhor espião convidado especial do embaixador! O carácter insidioso e anti-jornalístico do artigo, denuncia-se imediatamente pelo estilo: "registo, ainda por confirmar, de alguns incidentes que supostamente terão marcado o acto".

Começa afirmando que «em Bissau começou, pela primeira vez, a ser dado como certa a possibilidade de uma vitória de Domingos Simões Pereira, na primeira volta.» Vamos esquecer os erros de género (possibilidade é feminino) e concentrar-nos no conteúdo. Uma possibilidade dada como "certa" deixa obviamente de ser uma "possibilidade", para ser uma certeza. 

«De acordo com informações ainda por se confirmar, altos funcionários do gabinete do Presidente cessante teriam sido detidos em posse de cartões de voto já assinados e avultadas somas em dinheiro para tentar influenciar as tendências de voto.» Cartões de voto? Em Angola não querem saber disso para nada, já sabemos que deitam as urnas aos crocodilos e inventam os resultados que apetecem à cúpula. Mas aqui na Guiné, temos cartões de eleitor e boletins de voto... "já assinados"? Aqui o voto é secreto!

«A fraca afluência de eleitores às urnas, foi a grande marca de registo". Esta informação é a marca registada da estupidez do JornalistA, pouco atento aos comunicados oficiais da porta-voz da CNE, que declarou “Continua a registar-se uma afluência massiva às urnas”. Mas há mais: então espera-se que as "eleições presidenciais venham a resultar no fim da instabilidade política que, de algum tempo a esta parte, representa o grande factor de instabilidade na Guiné-Bissau». Então a instabilidade é o grande factor de instabilidade? Monsieur de la Palisse não diria melhor...

O pseudo-jornalista continua, dizendo que o chefe dos olheiros da CPLP «considerou que o processo de votação foi “tranquilo, pacífico e ordeiro”, salvo “raríssimas excepções”. (...) Questionado sobre que tipo de irregularidades foi detectada, Oldemiro Balói referiu a contestação sobre a posição das cabines de votação com as pessoas a reclamarem “mais privacidade”, porque isso “podia dar azo a que as pessoas pudessem fotografar os votos para fins inconfessáveis”. No entanto, estes “foram casos pontualíssimos” que “não caracterizam a votação” e “nada que possa manchar o processo”» Traduza-se (apesar de patente e cristalino) que Angola e Portugal, instrumentalizando a CPLP, estão ansiosos por certificar a fraude do PAIGC. Note-se o uso dos superlativos e a omissão do verdadeiro caso, cuja relevância quase motivou uma revolta, com saída da sede do PRS, à hora de fecho das urnas.

Ó António, vai atirar Pimenta para os olhos de outros.

Somatório V

> 133%

domingo, 24 de novembro de 2019

Somatório 4

Fazendo as contas... à "projecção"

é simples:

100% para um terço (4) dos candidatos (51,4 + 21,5 + 18,7 + 8,4)

   0% (zero votos) para os dois terços (8) dos candidatos restantes

É estranho que não tenham tido nenhum voto... será que nem sequer votaram em si próprios?

Somatório III

Fazendo as contas aos Resultados provisórios

44,4 + 26,7 + 20,1 + 9 = 100,2%

Total dos outros oito candidatos, incluindo Cadogo Junior = - 0,2%

Porta-Voz da CNE reconhece tentativa de fraude

"Instada a falar do incidente ocorrido na povoação de Djabicunda", segundo a ANG, esta meteu os pés pelas mãos, pretendeu desvalorizar o "incidente", mas acaba por reconhecer.

1) A senhora começa por defender que o procedimento era "legítimo"... 

“As pessoas votam antecipadamente e esses votos são transferidos para o local onde serão contados. Portanto, os votos foram transferidos para o local os fiscais de uma das candidaturas entendeu que havia uma situação de introdução de votos dentro das urnas”

2) Contudo, foge-lhe a boca para a verdade, logo em seguida: "constatou-se que os referidos nomes já foram descarregados no caderno eleitoral", ou seja, o fiscal tinha toda a razão, e se esses votos fossem realmente introduzidos nas urnas seriam contados duas vezes. 

Ou seja, deveria fazer o elogio do fiscal da referida candidatura e nunca subestimar um incidente desta gravidade, tratando-o como "pequeno barulho". Parabéns ao fiscal que desmascarou uma das múltiplas tentativas de fraude em curso. Seria interessante contar com os pormenores: número de votos em causa e "tendência" de voto. 

PS Pelos vistos, há dois tipos de fiscais. Aqueles que, de fora, tentam perceber o que se passa, e os outros, que têm liberdade para tentar inserir votos nas urnas. Mais se questiona a senhora que responde pela CNE: como apareceram votos "já descarregados" na posse do referido "fiscal"?

LUSA adormecida

Enquanto a LUSA dorme, embalada pela canção do bandido, a France Press está atenta.

Enquanto Miguel dos Burros, da célula cancerígena (já com a presença do auto-proclamado Presidente-cancro), e a CNE se apressam a garantir os resultados, a Avenida principal está ocupada por populares, saídos da sede do PRS para se juntarem no espaço verde ao MADEM, com a intenção de resolver o assunto e acautelar a gigantesca fraude em curso.

Fotografia bem escolhida pela célula cancerígena para ilustrar a pretensa normalidade... tomámos a liberdade de endireitar os escritos para se tornarem legíveis.

Somatório II

A célula ilegal (segundo a Lei guineense) pomposamente intitulada de "monitorização eleitoral", emitiu muito oficialmente através da ANG, um 1º considerando, arrasador para a sua "competência": 

não sabem calcular uma simples percentagem;
não conseguem somar duas parcelas; 
ou seja mais valia estarem calados (melhor ainda, nunca terem existido).

1) «das mesas visitadas verificou-se que 256 abriram na hora prevista, correspondente a 91,43% das assembleias de voto e 19 com ligeiros atrasos correspondente a 6,79 por cento das mesas.»

Valores correctos 
93,09% = 256*100/275
6,91% = 19*100/275

2) «251 mesas tiveram os materiais logísticos disponíveis correspondente a 89,64 por cento e 24 mesas não tiveram materiais completos correspondentes 8,57 por cento»

Valores correctos
91,27% = 251*100/275
8,73% = 24*100/275

3) «monitores móveis verificaram uma mobilização das pessoas em massa para votar em 207 mesas, das 242 visitadas, e que correspondem à 73,93 por cento, e que se verificou uma fraca afluência dos votantes em 35 mesas de voto corresponde a 12,50 por cento.»

Então mas visitaram 275, como tinham dito antes, ou 242 mesas? Mas enfim, saltando sobre o "pormenor"...

Valores correctos
85,54% = 207*100/242
14,46% = 35*100/242

4) «Ainda os dados apontam que 10 à 30 por cento das mulheres encontravam na fila para votar no momento, o que, segundo ela, demonstra a fraca afluência das mulheres, 62 e correspondente a 22,14 por cento das 211 mobilizadas para votar.» 

Completamente incompreensível, nem vale a pena tentar decifrar. Contudo, aponte-se que, para estimativas a olho (entre 10 a 30%!), não faz sentido apresentar percentagem até à segunda casa decimal! Nem permite à senhora tirar conclusões precipitadas de género, para confundir ainda mais as pessoas.

Conclusão

Se soubessem somar duas parcelas isto não aconteceria. Não há uma única conta correcta, ou sequer um fragmento de raciocínio. Esta "célula" cancerígena é apenas mais uma peça do puzzle da monstruosa fraude eleitoral em curso, e serve exclusivamente para sugerir que houve monitorização.

Somatório

Fazendo as contas aos 1ºs resultados:

37 + 23 + 19 + 18 + 11 + 0,04 = 108,04%

Faking calculator

sábado, 23 de novembro de 2019

Quem vota?

Quem vota 2SP é pato bravo.

Um cabeça

Quem vota deve pensar unicamente pela sua própria cabeça. Deve usar o nariz para farejar a demagogia barata de 2SP, coroado pelo par.

E fazer uma escolha ímpar e patriótica em prol da Guiné. Pa kapli dus suma diabo da cruz.

Carta registada

O candidato do MADEM diz que já tem preparada a carta para enviar para a sede do PAIGC, solicitando o apoio para a segunda volta das eleições presidenciais, atendendo às sondagens que colocam fora da corrida presidencial o seu candidato.

Entretanto, o Secretário de Estado do Interior conseguiu o reforço de uns míseros 140 polícias para o plano de golpe contra a vontade popular (a qual já dispensou DSP), para o qual esperava poder contar com um forte contingente militar da CEDEAO; contudo, só o ditador togolês atendeu o pedido (por sua conta e risco), mas não tardará a sentir-lhes a falta em Lomé...

Oportuno contributo com as eleições em pano de fundo

«O Dilema bissau-guineense

A interminável tragédia que assola a Guiné-Bissau recua aos tempos em que a luta pela independência atraía apetites e desconfianças injustificados. Os dirigentes dos países vizinhos, Presidente Sékou Touré da Guiné Conacri e Leopoldo Senghor do Senegal, conscientemente ou não, desempenharam papéis contrários aos interesses e ao futuro do povo bissau-guineense.

Cada um deles, só era visionário sobre esse futuro, em função dos seus próprios critérios: para o primeiro, este deveria desembocar num cenário de substituição de Portugal por ele próprio (o sonho da Grande Guiné); para o segundo, a ideia era neutralizar os nacionalistas, remetendo-os à inacção, por medo de contágio e do estabelecimento de um pacto com os povos de Casamança (segundo terá confidenciado ao autor o presidente Senghor, acrescentando "não querer palestinianos à sua porta").»

Assim começa uma importante e histórica memória com que Henry Labéry assinala tristemente as eleições presidenciais de amanhã, a qual vale a pena ler a título de reflexão, e na qual acusa o PAIGC de ser um verdadeiro cancro para a Guiné-Bissau.

PS Apenas a assinalar que a culpa de que o autor acusa genericamente Portugal, em relação a ter aceite Pedro Pires (um dos autores morais do assassinato de Cabral) nas negociações que conduziram à independência, é estritamente endossável a Mário Soares, e nunca ao Presidente da República de então, General Spínola, que se recusou a apertar-lhe a mão na cerimónia, pois recebera a sua palavra de honra que não tocariam nos seus homens.

Pensamento do dia


Duas ou as vezes que forem precisas...

PS ... até que chegue à óbvia e patriótica conclusão de que não o deve fazer.

Ai se a Zezinha fosse viva!

A Zezinha deve dar voltas no túmulo, com esta aproximação do viúvo ao PS fino da maçonaria, que esta considerava anti-nacional. É muito bem capaz, para quem a conhecia, que se levantar da cova e aparecer lá por casa a pedir contas! Para quem viveu toda a vida debaixo das saias da mulher, está muito saído da casca, o pinto de calças

O leitor desprevenido da sua "opinião", eventualmente pouco conhecedor dos meandros da situação na Guiné, vai questionar-se em que se baseia o "especialista" para atribuir um arrasador primeiro lugar a DSP e o quinto a Jomav... decerto pensará que o "técnico" se esqueceu de referir a sondagem e de comentar a sua credibilidade. É pena que as únicas sondagens conhecidas (12) digam o contrário, sendo curioso que a última coloca Domingos Simões Pereira precisamente no quinto lugar. 

Um "analista" a cagar postas de pescada, projectando peremptoriamente resultados dados por adquiridos? Quanto recebeu para poluir o ambiente político alheio com esta grosseira e ignorante ingerência totalmente parcial, tendenciosa e mentirosa?

O abominável homem das neves

Temos plena consciência de que muitos não concordarão em tratar Zé Maria de homem, julgando mais adequado o réptil ou o insecto rastejante. Mas neste blog não nos permitimos essas legítimas analogias da liberdade de expressão, mantendo o respeito (que não merecem os lacaios do neo-colonialismo) aos adversários de nossa mistida.

O Zé Maria partilha no seu facebook e envia para publicação um choradinho, a pretexto da sua umbilical insatisfação. Mas que temos nós a ver com a sua incompetência para a felicidade? Temos a culpa que tenha assimilado mal algumas conversas de branco? Sejamos humanos: o Zé Maria não tem a culpa, o pai é que lhe devia ter dado o nome da mãe. Isso de usar lixívia no nome é anti-africano.

O Zé Maria vai com as outras não gostou da visita do candidato melhor posicionado que o seu comparsa cacre lá no continente. E vai daí, pôs-se a debitar conversa mole e pseudo-tolerante, eivada do maior cinismo. Não queremos alargar-nos muito (que a insignificância do agente não o justifica) e vamos portanto apenas repôr algumas verdades, sem pretensão de serrar o nariz ao Pinóquio, para não ter de pôr bolinha no blog.

A azul o Zé Maria

«Em nenhum momento foi subserviente» Claro, não tendo sido por subserviência que serviu de ponte aos americanos na prisão de um almirante guineense, deve ter cobrado o serviço... deu entrada dos respectivos valores no cofre de Estado?

«Segundo ele, em Cabo Verde, o eixo do mal é o PAICV (presume-se que também deve ser extirpado do campo político), e regozijou-se com a sua derrota nas eleições de 2016» Segundo ele? segundo ele quem? só se fôr o próprio Zé Maria! o outro está mais preocupado com o que se passa no continente para lhe dedicar alguma atenção. Mas vamos entrar no jogo do mistificador por encomenda. Será que o ZM se esqueceu que se tratava de um partido único, ainda conservado na memória da designação continental? O cancro já é antigo e tem tolhido durante todos estes anos o desenvolvimento GC. Teria sido, portanto, perfeitamente legítima a imputação. Se o senhor está insatisfeito com a situação, porque não fez, quando era Primeiro-Ministro, uma reclamação na ONU exigindo a retirada do nome do seu país da designação de um partido estrangeiro? Os franceses proibiram a utilização da designação "champanhe" em gaseificados portugueses e os portugueses proibiram os sul africanos de vender "Vinho do Porto" (contra)feito no Cabo. 

«Sempre que se tentou dividir o mundo entre o bem e o mal e impor o bem, os resultados foram catastróficos». Pois, o seu cinzentismo complexado (em vez de encarar a miscigenação como uma oportunidade de expansão, encara-a como um atrofio de kumpu raça) condimentado por um mal ensaiado ateísmo, impedem-no de discernir entre o bem e o mal, tornando-o abjectamente imoral. Como é que um banal desenraizado, um vulgar anticulturado (não se usa o "aculturado", porque este termo pode ter duas leituras, para o bem e para o mal; e não queremos induzir a dúvida quanto à nossa opinião), em suma, uma catástrofe, quer vir dar lições de moral? 

«Eu mesmo apoio Domingos Simões Pereira, do PAIGC» Eu mesmo? Mas quem és tu, ó meu? Quanto ao apoio a DSP, já se tinha percebido. PAIG quê?

«Sissoko Embaló, ao sugerir que um dos partidos políticos cabo-verdianos é uma força do mal, “imiscuiu-se grosseiramente” nos assuntos internos de Cabo Verde, “desrespeitando gravemente” o PAICV, um dos pilares da democracia» Portanto... a ver se percebemos: Sissoko, ao dizer que o PAIGC é uma força do mal (a expressão efectivamente usada foi "pertencer ao Eixo do Mal"), pretendia sugerir que o PAICV era farinha do mesmo saco? Não se enganaria muito, claro. Mas não é isso que está em causa. É a suposta indignação do Zé Maria, a tempestade num copo de água. Então uma simples sugestão torna-se num barrete que enfia sem hesitar? Considera que Sissoko se imiscuiu grosseiramente por causa de uma sugestão que só a sua pobre cabecinha de alienado e paranóico consegue discernir? Trata-se de um desrespeito à inteligência do comum dos mortais.

«Faustino Embali, primeiro-ministro recente e ilegalmente nomeado por José Mário Vaz» Enquanto colocar na boca de Sissoko aquilo que ele não disse é tratado como uma grosseira ingerência, desautorizar o Presidente guineense em exercício não passa de mancarra que se atira aos macacos. 

«Não se pode permitir que venha um candidato de outro país, ainda que amigo, contaminar o espaço político, maltratar os partidos políticos com assento parlamentar, e instigar a intolerância, a violência e o medo”, prosseguiu, acrescentando que “só quem não se respeita e não tem sentido de Estado pode permitir tamanho despautério”. José Maria Neves terminou afirmando que ainda se vai a tempo de reparar essa “desconsideração” ao país e às suas instituições democráticas e de exigir um pedido público de desculpas» O cancro não tem moral para falar em contaminar. Maltratar os partidos políticos? Em primeiro lugar o partido não foi sequer referido, isto não passa de uma reles inventona política; em segundo lugar, não seriam "partidos", mas sim apenas o seu Partido. Vícios muito típicos nos dois filhos do PAI deles todos: quando lhes convém, são "únicos", quando não, são muitos. A Liga contra o Cancro também instiga à violência: coitadinhas das células cancerígenas. Desconsideração é o simples facto de Zé Maria existir. Quanto ao pedido, a resposta é dada por contracção do primeiro d, para sermos educados (que também tem dois d).

PS Estávamos a dizer que não íamos colocar bolinha vermelha neste blog, mas apetece-nos fazer uma excepção, e reduzida ao post scriptum. *Um africano puro (continental e não insular) decidiu fazer uma viagem ao Brasil. Arranjou por lá uma amante sueca, que tinha o namorado na Europa. Durante muito tempo, recusou-se a dizer-lhe como se chamava. Ela, cada vez mais curiosa, chegou um dia em que o ameaçou com greve ao sexo, se não lhe dissesse o nome. Ele, muito a contragosto, contou-lhe como se envergonhava do nome que o pai lhe dera. Acabou por ceder, acedendo a contar-lhe, mas na condição de prometer duas coisas. A primeira, que não contava a ninguém. A segunda, que não se ria. Ela lá fez como ele pedia e ele contou-lhe que se chamava Neve. Ela conteve-se e passaram ao mais importante. Estavam em pleno gritimentu, quando toca o telemóvel. Era o namorado que lhe queria fazer uma surpresa, acabara de chegar ao aeroporto, e pedia-lhe para o ir buscar. Ela olha para cima e responde _Agora não posso, estou debaixo de neve.*

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Express@mente das ilhas

Em entrevista ao Expresso insular (semanário credível, não confundir com o pasquim tuga), o candidato do MADEM defende que o PAIGC é o cancro da Guiné-Bissau e afirma que a sua primeira medida, como Presidente, se fôr eleito, será expulsar as forças da ECOMIB do país.

Sissoko concedeu também uma entrevista à Jeune Afrique, onde desenvolve sensivelmente os mesmos pontos de vista.

Augusto SS é um ignorante

O MNE português fala daquilo que não sabe. Quem o diz em público é o Presidente em exercício de um país da CPLP.

Recibo de cem assinaturas anuais

Debatendo-se com graves problemas de tesouraria, o espesso e obsoleto semanário que já ninguém lê e irá brevemente a enterrar, entra no mercado da propaganda por encomenda, fazendo concorrência desleal aos já sinalizados e-global e África Monitor.

Numa pseudo-peça jornalística, apresentam dois militontos do PAIGC, disfarçados de fantasiosas etiquetas como "poetas", "analistas", "jornalistas" (tudo coisas que não são, tal como os funcionários do referido pasquim em vias de extinção).

Qual é a ideia única? Fazer bloco àquele que DSP considera como o melhor colocado na corrida, agitando o fantasma do radicalismo religioso, que não hesitam em classificar superlativamente como "perigosíssimo". Estás pronto para embalsamar, ó Chico.

PS Estão tão atentos à Guiné, que pagaram uns cêntimos à Reuters para usar a foto.

Lina de Sá denuncia DC

A pedido da emissora, partilha-se o vídeo de Lina de Sá, no qual desmascarou na hora o Ditadura di Cinicaria.

DSP gritantemente penalizado

Segundo a EuroNews em português, "a divisão estridente do eleitorado que votava PAIGC pode penalizar Domingos Simões Pereira".

Pois. Nem imaginam quanto!

PS O adjectivo foi muito bem escolhido, para a crónica de uma humilhação eleitoral anunciada (de quem diz querer passar logo à primeira volta): é o que se chama "morrer na praia".

Raticida Jomav

Presidente cessante denuncia um país corroído por ninho de ratos instalado na sede do PAIGC, para fazer publicidade ao seu produto.

"Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada"

PS A preocupação é de elogiar, todavia deve sempre verificar-se a data de validade do produto: é que a qualidade da última remessa era duvidosa, uma vez que não eliminou um único ratinho; muito pelo contrário, pois estes viraram praga e preparam-se para se tornar DDT.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

France 24 abre noticiário africano com Jomav

The Economist chama ladrão a Domingos

The Economist, em artigo dedicado à Guiné-Bissau, conclui que a "coca está a financiar sistemas políticos cleptocráticos na África ocidental".

PS Os militares da ECOMIB já tapam a cara, como os bandidos.

Pretensa fake II

Intenção de voto na primeira volta das eleições presidenciais de 24 de Novembro.


Sondagem realizada de 18 a 20 de Novembro

Com a mesma metodologia da sondagem anterior, colocaram-se urnas em bancas discretas de zonas comerciais populares nas cidades de Canchungo, Gabú, Bafatá e Buba (estava inicialmente previsto efectuar a sondagem círculo por círculo, mas não foi possível reunir condições logísticas que o permitissem), mantendo-se a de Bissau no mesmo sítio que a semana passada, se bem que com bastante menos adesão, talvez por não ser novidade (não se pensou em clarificar a intenção de medir uma eventual evolução do sentido de voto).

Bissau

Buba

Canchungo

Gabú

Bafatá

Tal como da primeira vez, distribuíram-se boletins, mas limitados apenas aos seis concorrentes com mais de 1% de intenções de voto, identificados na primeira sondagem em Bissau. Abandonou-se o pedido do cartão de eleitor (foi tudo feito na base da confiança, e acrescente-se que não houve nota de qualquer tentativa de viciar as regras em nenhuma das urnas simuladas). Das 6000 cópias disponibilizadas (2000 em Bissau e 1000 em cada uma das outras cidades), foram recolhidos das urnas fictícias um total de 1744 boletins,

Nota importante: a equipa responsável não pretende que os dados sejam representativos do universo de votantes; só acredita quem quiser.

Devido à falta de dados, não se apresentam projecções nacionais ponderadas. Limitámos o cálculo à contagem dos votos válidos (não houve brancos, apenas um nulo assinalando simultaneamente dois candidatos). Apresentamos os resultados separadamente e de forma agregada. Em Bissau, apresenta-se ainda a evolução das intenções de voto em relação à semana passada.

Fica um agradecimento a todos aqueles e a todas aquelas que colaboraram desinteressadamente nesta sondagem de opinião.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Navio espião

Entrou ilegalmente (acordo assinado com um governo caduco) nas águas territoriais guineenses um navio espião batendo pavilhão castelhano, para fazer o inventário da biomassa, uma informação que interessa deveras à União Europeia. 

Neste momento, essa operação é estrategicamente inoportuna. É à Guiné-Bissau que essa informação interessa em primeiro lugar, e deverá ocorrer no âmbito de uma política nacional sistemática de cartografia de recursos, a qual, neste caso, para o trabalho ser bem feito, implica um plano de visitas plurianual (ou outras políticas de monitorização) para acompanhar a sazonalidade e compreender os ciclos regenerativos em causa. Efectuada pontualmente, como anunciado, traduz uma política simplesmente predatória, de localização e inventariação de stocks. Ou seja, usam 4 milhões de euros que dizem que pagaram à Guiné-Bissau, para contratarem os seus próprios técnicos e meios, a preço de ouro, para virem espionar como hão de conduzir as próximas negociações e melhor enganar nas contrapartidas.

Em todo o caso, quem deve ter a supervisão estratégica e científica são técnicos guineenses. No mínimo, é preciso garantir que toda a informação recolhida seja divulgada em bruto, para não mostrarem só o que lhes apetece, e, depois de estudarem a lição, viciarem ainda mais os negócios. Estamos fartos na Guiné de golpes, de corruptos, de incompetentes, de traidores. Não é prudente confiar o ouro à guarda do bandido. O "ouro" é a informação. Quem aceitaria jogar poker sabendo que o adversário já viu as suas cartas?

Atendendo a que vão haver eleições esta semana, que este pretenso governo é contestado, que a CEDEAO chega a dizer nos seus comunicados que há riscos de guerra civil... Num país onde não se sabe quem governa, não têm medo que aconteça alguma coisa ao valioso barco e seu equipamento? O agente de seguros estava a dormir e não exigiu um substancial aumento na apólice? Ou não declararam o destino?

 Têm muito tempo para fazer isso... qual é a pressa? 

PS De qualquer forma, atendendo às ameaças internacionais que pairam sobre o país, a Marinha nacional deve cumprir, nem que seja por simples rotina, a sua missão, certificando-se minuciosa e volumetricamente de que não existe, no interior do navio, qualquer compartimento oculto destinado a fins militares, que possam colocar em causa a segurança nacional.

Calendário para a última semana de Novembro

24 Fake Sundays

29 Black Friday

Vota-se aos domingos

Mas não no Domingos.

Vários candidatos manifestaram simpatia pela ideia de uma candidatura única contra DSP, desde a primeira volta (desistência à boca das urnas). Seria sem dúvida uma atitude patriótica, por parte dos eventuais desistentes.

Contudo, nem será preciso, como defende Nuno Nabian. Neste momento, apesar de todo o dinheiro investido pela União Europeia, os votos do PAIGC parecem distribuir-se por MADEM, Cadogo e Nuno, restando a DSP apenas a máquina do partido. E mesmo esses arriscam-se a votar Cadogo, para não desperdiçarem o voto, porque já perceberam que Domingos não passará sequer à segunda volta. Mesmo que, por hipótese académica, passasse, não teria qualquer possibilidade contra a união em torno do seu eventual opositor.

Já não há fraude que possa valer a DSP.

Povo bijagó boicota DSP

Canhabaque humilha DSP, que ficou a encenar sozinho. Julga que é assim que se fala aos bijagós? Com complexos de inferioridade em relação à terra de branco? Julga que ali é a praça? Contactar com o povo é encher chouriço? Foi bater à porta errada. Alguns elementos da comitiva simularam a assistência, para efeitos videogénicos

Recomenda-se à comitiva de turistas rascas e poluentes (para não dar a viagem de todo por perdida), que aproveitem para visitar o monumento mandado erigir pelo Estado Novo aos valentes africanistas filhos de Canhabaque. 

CEMFA convidado de honra da RENAJ

No patriótico convívio com a juventude, o CEMFA reafirmou soberanamente a auto-suficiência em termos de Defesa Nacional, e o monopólio da força armada no país.

Fica a sugestão, para elevação ao posto de General na Reserva, do jovem Seco Duarte Nhaga, retribuindo a empatia cívica que constituiu a merecida distinção, muito justa e oportunamente atribuída ao actual titular do mais alto cargo militar do país, desempenhado no estrito cumprimento do dever de honra que lhe é constitucionalmente consignado no artigo 20º da Constituição da República.

Ofensiva do MFDC

A PANA dá uma "notícia" imprecisa e atrasada, apenas para apontar o dedo à Guiné-Bissau. Deram-se ao trabalho de falsificar a hora de edição (apresenta 15h26, mas só saiu cerca de 8h depois), da história de um grupo de cerca de 30 homens armados que bloquearam por várias horas a Nacional 6 senegalesa (paralela à fronteira guineense), entre Kolda e Vélingara, nas proximidades de Tiara, espoliando (sem violência) os passageiros de uma dezena de toca-tocas e de duas dezenas de motas, a qual já tinha sido contada, com mais pormenores, no dakaractu. O que pretende a PANA, ao apontar falsamente a Guiné-Bissau como origem? Por que razão publicaram este artigo apenas em inglês, quando a linguagem principal é o francês? 

O facto é que há precedentes muito semelhantes, precisamente no mesmo local. Em 2011, já se fazia cobrança de portagens nos mesmos moldes, e pouco depois, a 12 de Março de 2012, por ocasião da primeira volta das presidenciais na Guiné-Bissau, e sempre no mesmo sítio, emboscada mortífera

Este ataque não é sequer novidade. Depois das ameaças, em finais de Abril, de voltar a pegar em armas para fazer andar as negociações, eis a declaração de guerra, com fotos de cara descoberta, publicada por ocasião do desencadear desta ofensiva, e três dias antes do ataque a que se refere a PANA (com 55 horas de atraso). Aparentemente, a gota de água que fez transbordar o copo foi, no princípio de Julho, a prisão e posterior condenação de vários homens de confiança de Salif Salio por "tentativa de reunião não autorizada", bem como o confisco do caixão do histórico do movimento Ousmane Diatta, ocorrida há pouco mais de um mês, seguida do assassinato do sobrinho Abdu, responsável pelas negociações de paz, no dia 27 de Outubro (do qual tentaram acusar o MFDC). O mal estar parece ser a nota dominante em Dakar...

Trata-se de um desafio ao exército senegalês transformar a estrada nacional em zona libertada, em pleno dia, por várias horas, repetida e previsivelmente. O modo de operar continua o mesmo de sempre: o grupo armado é o isco; sabendo dos imensos custos que representa manter uma quadrícula apertada no terreno, dispersando as forças, e oferecendo à guerrilha, com um conhecimento do terreno muito superior, a escolha do momento e do local da emboscada. Estarão o exército e o presidente senegaleses dispostos a pagar o preço da guerrilha? A boa vizinhança e o respeito mútuo sairiam bem mais em conta...

Macky quis encurralar Salif, mas saiu-lhe o tiro pela culatra. Pelos vistos, ao contrário do que defendem, este desferiu um rude golpe no exército senegalês. Paralelamente à ofensiva militar em curso, decorre uma ofensiva mediática, com a afirmação da liderança consolidada do CEMFA Salif Salio, contrariando a ideia de que, desde a morte, há uma dúzia de anos, do seu líder histórico, abade Diamacoune, o movimento se fragmentou em várias facções. Salio diz que não tem família nem medo de morrer pela sua causa, em vídeo censurado.

Os perigosos precedentes no corno de África (da Eritreia e do Sudão do Sul), vieram abrir uma brecha no princípio da intangibilidade das fronteiras do continente, ao qual sempre se agarrou o Senegal para denegar o inalienável Direito à Auto-Determinação do povo de Casamança. É chegada a hora.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Ataques injustificados

O líder da RENAJ tem sofrido ataques injustificados, devido à (usurpatória) presença marcada pelo ex-primeiro-ministro nos eventos promovidos pela rede juvenil. Contudo, já que não parece haver esclarecimento público nesse sentido, esclareça-se que Seco Duarte Nhaga nada tem a ver com essa presença, sendo alheio a essas tentativas de instrumentalização política. A própria postura corporal de Aristides dá a entender precisamente aquilo que se tratou: o cidadão, (eventualmente) identificando-se com o discurso da rede, quis retirar dividendos políticos marcando publicamente presença, sem ser convidado. Nada mais que boa educação, não desmascarar na hora o vis intentos do usurpador. Não perde por esperar. Parabéns ao jovem, que não embarca em desmentidos fáceis: só a verdade pode libertar.

UE promove proto-regime sanguinário

A União Europeia financia Domingos Simões Pereira para tomar conta da Guiné-Bissau através de mega-fraude eleitoral, apoiado numa força de ocupação composta por mercenários estrangeiros.

Aqui d'El Rei, Toni!


Onde estão a ONU, a UE, a CEDEAO, a CPLP, a Cruz Vermelha, a Amnistia Internacional, os Repórteres Sem Fronteiras, a Liga DH, o MCCI, a VOA, a DW, a RFI, a LUSA, a TVGB, etc para não falar dos comentadores e analistas sempre muito entendidos em assuntos africanos (e bissau-guineenses em particular), lá sentados nos seus gabinetes da universidade ou estúdios da rádio? A prisão e tortura de um blogger inconveniente (também é uma pessoa humana, passe o pleonasmo) por motivos políticos é notícia! Qual o motivo da conspiração do silêncio em torno desta detenção ilegal? 

Muita conversa, muito blá, blá, mas nos momentos críticos, assobiam para o lado? Ninguém se lembra de exigir para visitar o homem?

Chutar para canto não é solução.

O PAIGC, depois de matar o pai, mata o filho?

Sim, que o Espírito Santo, esse, mataram-no a 23 de Janeiro de 1973.

Liberdade para Doka.

70h sem notícias

Desde que este blog anunciou o rapto de Doka pelas milícias do PAIGC.

Mensagem solidária

A directoria que vá dizer ao candidato para não dar como cessantes as suas funções. De boas intenções está o INFERNO cheio...

Abuso de poder e violência psicológica

Abuso de poder e violência psicológica é TORTURA.

Libertem Doka.

Vivo ou morto.

Não profanem mais o cadáver da Constituição.

33 alínea única: responsabilidade solidária

Activamente responsáveis a condenar, por acção:

Titulares: 

Ministra da Justiça Ruth Monteiro
Secretário de Estado da Segurança e Ordem Pública Mário Saiegh
Ministro do Interior Juliano Fernandes
Primeiro-Ministro Aristides Gomes

Agentes:

"Conselheiro Especial" do anterior, Domingos Simões Pereira

Funcionários:

Deputado Domingos Simões Pereira
Directora da Polícia Judiciária Filomena Lopes

Passivamente responsáveis a condenar, por omissão, caso não providenciem imediatamente solução:

Titulares:

Procurador Geral da República Ladislau Embassa
Presidente da República José Mário Vaz

Agentes:

Da Polícia Judiciária, envolvidos na operação, às ordens dos activa e politicamente responsáveis.

Funcionários:

Todos os deputados da nação, pela não convocação de debate de urgência, perante a gravidade da situação, de uma evidente e flagrante violação dos mais elementares Direitos Humanos, denegação de Justiça e ocultação de ____________. por motivos políticos.

domingo, 17 de novembro de 2019

Lembrando a Constituição

Neste momento, passadas já quase 72 horas da detenção de Doka, a "Ministra" da "Justiça" é solidariamente responsável com outros órgãos de soberania pela violação ou colocação em causa de uma dezena de artigos da Constituição da República e 22 alíneas, apenas entre o artigo 30º e o artigo 51º.

ARTIGO 30° 

1 - Os preceitos constitucionais respeitantes aos direitos, liberdades e garantias são directamente aplicáveis e vinculam as entidades públicas e privadas. 
2 - O exercício dos direitos, liberdades e garantias fundamentais só poderá ser suspenso ou limitado em caso de estado de emergência, declarados nos termos da Constituição e da lei. 
3 - As leis restritivas de direitos, liberdades e garantias têm carácter geral e abstracto, devem limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos. 

ARTIGO 33º 

O Estado e as demais entidades públicas são civicamente responsáveis, de forma solidária com os titulares dos seus órgãos, funcionários ou agentes, por acções ou omissões praticadas no exercício das suas funções, e por causa desse exercício, de que resulte violação dos direitos, liberdades e garantias, ou prejuízo para outrem.

ARTIGO 34° 

Todos têm direito à informação e à protecção jurídica, nos termos da lei. 

ARTIGO 37° 

1 - A integridade moral e física dos cidadãos são invioláveis. 
2 - Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, desumanos e degradantes.

ARTIGO 38° 

1 - Todo o cidadão goza da inviolabilidade da sua pessoa. 
2 - Ninguém pode ser total ou parcialmente privado de liberdade, a não ser em consequência de sentença judicial condenatória pela prática de acto punido pela lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança. 

ARTIGO 39° 

1 - Toda a pessoa privada de liberdade deve ser informada imediatamente das razões da sua detenção e esta comunicada a parente ou pessoa de confiança do detido, por este indicada. 
2 - A privação da liberdade contra o disposto na Constituição e na lei constitui ao Estado o dever de indemnizar o lesado, nos termos que a lei estabelecer. 
3 - A prisão ou detenção ilegal resultante de abuso de poder confere ao cidadão o direito de recorrer à providência do habeas corpus. 

ARTIGO 40° 

1 - A prisão sem culpa formada será submetida, no prazo máximo de quarenta e oito horas, a decisão judicial de validação ou manutenção, devendo o juiz conhecer das causas da detenção e comunicá-las ao detido, interrogá-lo e dar-lhe oportunidade de defesa.

ARTTGO 42º 

1 - O processo criminal assegurará todas as garantias de defesa. 
2 - Todo o arguido se presume inocente até ao trânsito em julgado da sentença de condenação, devendo ser julgado no mais curto prazo compatível com as garantias de defesa. 
3 - O arguido tem direito a escolher defensor e a ser por ele assistido em todos os actos do processo. 

ARTIGO 44º 

1 - A todos é reconhecido o direito a identidade pessoal, a capacidade civil, a cidadania, ao bom-nome e reputação, a imagem, a palavra e a reserva da intimidade da vida privada e familiar. 
2 - A privação da cidadania e as restrições à capacidade civil só podem efectuar-se nos casos e termos previstos na lei, não podendo ter como fundamento motivos políticos.

ARTIGO 48º 

1 - O Estado reconhece o direito do cidadão à inviolabilidade do domicílio, da correspondência e dos outros meios de comunicação privada, exceptuando os casos expressamente previstos na lei em matéria de processo criminal. 
2 - A entrada no domicílio contra a sua vontade só pode ser ordenada pela autoridade judicial competente nos casos e segundo as formas previstos na lei. 

ARTIGO 51° 

1 - Todos tem direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento por qualquer meio ao seu dispor, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informado sem impedimentos, nem discriminações.
2 - O exercício desse direito não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.

Detenção domiciliária de arma

Detenção de arma não documentada no domicílio (e na ausência do residente) dá prisão em regime de incomunicabilidade? As barbaridades que o novíssimo regime DSP está a banalizar! Instrumentalizando grosseiramente MI&MJ, fazem recuar o "Estado de Direito" à Idade da Pedra, violando não apenas as garantias constitucionais de liberdade dos cidadãos, como os mais elementares direitos humanos.

PS Cabe ao Presidente, que é o garante desses inalienáveis direitos, agir já e impor um habeas corpus com efeito imediato, uma vez que não foi deduzida acusação nas 24 horas nem fundamentada qualquer medida de coacção correlacionada. Não basta dizer que no seu mandato ninguém foi morto, ninguém foi espancado, para depois, quando for tarde demais, vir chorar sobre o leite derramado. Liberdade para Doka.

Uma força de polícia, armada de bastões, para render os militares

"Talvez", segundo o CEMFA.

O mais razoável, contudo, seria decerto retracção integral do dispositivo, para evitar potenciais mal entendidos.

sábado, 16 de novembro de 2019

Carapau de corrida dopado

As incoerências na sentença da operação Carapau são flagrantes. Se não fossem bichos a mais, seria caso para dizer que a montanha pariu um rato. A história simplesmente não tem pés nem cabeça. Se não, recapitulemos a versão Sol Mansi: 

1. Chegada do camião frigorífico vindo do Senegal
2. Compasso de espera de seis dias no armazém
3. Carregamento do camião com o carapau destinado ao Mali
4. Interpelação pela PJ (a PJ fiscaliza o pescado?)
5. Descarregamento do carapau do camião (sem mandato, nem suspeita?)
6. Constatada "anomalia" não especificada
7. Viatura transportada para a PJ durante a noite, a pretexto de inspecção técnica.
8. Descoberta "por acaso" a droga

É curioso, mas parece ser o carapau a droga. Ou seja, não há referência a qualquer investigação no sentido de apurar mandantes ou encobridores, a quem pertencia a cocaína, onde foi carregada, qual a origem, sequer quem pagava aos caras de pau mandados, se estes estavam ao corrente da substância e do montante da "guia de remessa"... enfim, tudo questões substanciais. É como se, num acidente provocado por uma carroça de mulas, se prendessem os animais e não se quisesse saber do dono!

Em vez disso, as "autoridades", segundo esta rádio, parecem estar ocupadas em equipar os Tribunais à custa dos bens apreendidos, denegando de facto o direito de recurso que assiste aos condenados (aves a quem decerto alguém prometeu substancial redução de pena, para manter o bico fechado). As denúncias que Doka vinha fazendo davam a entender que a PJ havia torturado os então acusados...

Nesta farsa, tem a palavra o Delegado do Ministério Público, a quem a Ministra da tutela acusou pessoalmente, em conferência de imprensa realizada um dia antes da leitura da sentença, de monopolizar e manipular o processo. Do confronto entre os dois, talvez possa sair alguma luz sobre esta questão. Quem encobre quem? Quem trama quem? O facto é que o funcionário da DEA garantiu que o Governo não estivera à altura das informações fornecidas. Parece mais que, por alguma razão, alguém foi apanhado com a boca na botija, e que tudo foi feito para o encobrir (eventualmente forjando provas e inventando bodes expiatórios). Armadilha da DEA? falsa cocaína? simples diversão para encobrir a verdadeira operação? tentativa de incriminar a oposição? quem não se lembra dos falsos testemunhos instantaneamente levantados, entre outros, contra o ex-Ministro das Pescas do PRS, Orlando Viegas (castigado por ter conseguido quase que duplicar a contrapartida financeira pesqueira da UE)?

Djoto frito mas peixe graúdo à solta... a "justiça" guineense é ofendida por mais uma desonrosa humilhação, lavrada em sentença tutelada de perto pela Ministra (para além da já mais que evidente e criminosa instrumentalização política da Polícia Judiciária), e impregnada de todos os vícios históricos que sobejamente se lhe conhecem.

PS É deveras estranho o próprio nome da operação (literal e não, como normalmente, por analogia): se a droga só foi descoberta por causa de uma "anomalia" (diferencial de tara detectada na báscula, ao pesar o peixe?), como adivinharam que seria carapau para a nomear? Foram os búzios? Operação Tara Perdida teria sido um nome mais adequado.