segunda-feira, 16 de setembro de 2019

O espírito democrático do ditador de algibeira


Domingos Simões Pereira "adverte" o povo guineense, e "em particular, os eleitores", que "qualquer erro na escolha do futuro Presidente da República nas eleições agendadas para o dia 24 de novembro custará muita coisa ao povo guineense". Ou seja, quem não alinhar com a sua esquizofrenia está, pura e simplesmente, errado. Não só está errado, como vai pagá-lo caro. Porque o senhor é o detentor da verdade absoluta. É decerto uma muito particular concepção da democracia.

A Conferência de Chefes de Estado da CEDEAO ignorou a ameaça que representa o terrorismo na Guiné-Bissau, país com uma concepção muito particular de terrorismo. Agora que o terrorismo atingiu a maioridade, uma vez que o 11 de Setembro fez 18 anos, talvez se justificasse a revogação e actualização dessa lei. Contudo, a Lei é a Lei, e é para cumprir. Para além de todas as acusações fundamentadas que já lhe fizeram nesse domínio, para além de tentar subtrair soberania, coarctar liberdade e margem de manobra ao povo guineense, DSP, depois de tentar subverter a ordem na ANP com o seu comparsa Cassamá, continua a tentar (e as tentativas são puníveis) constranger órgãos de soberania, como a PGR. Por outro lado, não se compreende a inacção do PGR, em matéria de acção penal, atendendo à objectividade e visibilidade dos reiterados crimes de Domingos Simões Pereira. Os terroristas, na Guiné-Bissau, circulam livremente pelo meio de toda a gente, e, aparentemente, podem mesmo candidatar-se à Presidência da República.

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