Um Ministro da Defesa Nacional (Portugal), declara gratuitamente, quando lhe perguntam sobre a situação na Guiné-Bissau, que quer ajudar Forças Armadas estrangeiras? Tem algum mandato para se preocupar com a soberania da Guiné-Bissau?
Tratando-se, como o quer fazer parecer, de cooperação bilateral, o MD deveria anunciá-lo ao lado do seu homólogo guineense, e não do seu homólogo brasileiro. Não se decidem assuntos tão graves das pessoas nas suas costas. Cravinho, atrás das costas do Primeiro-Ministro português, em sintonia com Augusto S.S., ambos intoxicados por DSP, dão a vitória deste por adquirida. No entanto, declarações deste tipo, através de agências noticiosas oficiais, vinculam moralmente. Poderão ser, com extrema facilidade, acusados de neo-colonialismo, por jornalistas europeus mal intencionados.
Aqui na Guiné os senhores não querem nada. Aqui quem quer são os guineenses. A primeira tarefa, para o novo ocupante do Palácio em Bissau, será, sem dúvida, colocar no lugar este tipo de gente, que julga poder jogar à bola com a soberania do povo guineense. Talvez depois se possa ajudar os infelizes a perceber que, no desempenho de funções governativas, se devem alhear das disputas políticas internas dos países estrangeiros (mesmo que irmãos), limitando-se a manter uma postura de Estado.
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