O jornal Sol faz uma análise jornalística relativamente equilibrada da situação. Para além da ligeira imprecisão no que toca ao Ministério da Defesa (antes ocupado por Luís Melo, e não mantido por Sanhá), apenas o final carece de pequena rectificação: "volta à memória a última vez que a CEDEAO interveio militarmente no país, após o golpe de Estado de abril de 2012 – duas semanas antes das eleições presidenciais."
Neste blog, temos memória de elefante, e lembramos que nessa ocasião, a CEDEAO não interveio militarmente no país. Foram as Forças Armadas guineenses que o fizeram. O cenário era completamente diferente, a CEDEAO foi chamada para tapar os olhos à CPLP (estavam armados em cães com pulgas, não compreendendo que qualquer postura parcial da organização só pode ser prejudicial à sua própria coesão e à filiação da Guiné-Bissau, enclave lusófono na África ocidental, muito cobiçado pelos seus vizinhos francófonos, que já assimilaram a competência monetária). Desta vez, para enfrentar as ameaças à sua soberania vindas da CEDEAO, a "legítima" Guiné espera poder vir a contar com a CPLP. N'O Sol já perceberam e mostram que não alinham no estúpido e concertado coro de condenações.
PS Também em 1998, Portugal começou por apoiar "incondicionalmente" Nino Vieira até perceber aquilo que estava em jogo (e que, de facto, é sempre a mesma coisa)...
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